Uma jovem mãe procurou nossa ajuda trazendo duas crianças queimadas, o que chamou a atenção de todo mundo no pronto socorro. Aquela foi a primeira vez que a encontrei, naquele lugar, e perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ela só respondeu, rudemente, “fogo”.
Olhando para aquelas crianças queimadas, no rosto e nos braços, percebi que a mão de Deus estava naquela situação. Pois Ele havia livrado os olhos da criança menor, que deveria ter uns sete meses. Toquei na pequena e disse: “Deus é bom, guardou os olhos dela”. A mãe apenas me olhou, seriamente.
Outro dia, ao socorrer alguém na Emergência do Hospital Central do Dondo, encontrei aquelas duas crianças. O pai estava com a maior, de uns cinco anos, fora da sala; ela chorava muito. A menor estava ainda fazendo curativo, gritava de dor, e a mãe a segurava. Aproximei-me e perguntei ao pai, o que tinha acontecido. Ele falou que as crianças estavam brincando, fazendo comida em latas, e o fogo pegou na capulana e queimou as duas.
A maior sangrava na ferida da queimadura que fora trocada as gases; a pequena gritava desesperadamente. Percebi que o hospital não tinha as ataduras próprias e me ofereci para ajudar, dando o medicamento. Mandamos comprar uma parte, a outra levamos do nosso Posto de Saúde. Depois, o pai foi buscar o medicamento em nossa igreja.
Tempos depois fui ao hospital e, ao entrar, nem reparei na mulher que estava sentada com um bebê na capulana e uma outra ao lado dela. Mas, senti os olhares sobre mim. Virei-me e vi o sorriso. Eram elas, a mãe e as meninas já sem curativos. A cicatriz era grande, mas não foi isso que vi... Foi o sorriso mais lindo no meio de tantos que recebo todos os dias aqui. Um sorriso que encantava aquele rosto deformado. Era a menina maior, que me olhava e sorria para mim.
Ainda quando escrevo, vejo aquele sorriso e as lágrimas me vêm aos olhos. Que prêmio maravilhoso! Apenas por um momento de atenção e um medicamento que fizeram toda a diferença. E, aí, olhei em direção à mãe. Ela também sorria e, ao mesmo tempo, me saudava e agradecia inclinando a cabeça.
Sabe, Deus sorriu para mim! Sim, este foi o meu sentimento, lembrando a Palavra que diz: “Quando fizer por um desses pequeninos, fazemos por Ele”. E, naquele sorriso, eu via as ofertas, as orações e as mensagens de cada pessoa que nos apóia nessa obra. Pois Deus sorri para nós quando Seu povo nos abençoa.
Noêmia Cessito,Missionária de Missões Mundiais em Dondo, Moçambique
Olhando para aquelas crianças queimadas, no rosto e nos braços, percebi que a mão de Deus estava naquela situação. Pois Ele havia livrado os olhos da criança menor, que deveria ter uns sete meses. Toquei na pequena e disse: “Deus é bom, guardou os olhos dela”. A mãe apenas me olhou, seriamente.
Outro dia, ao socorrer alguém na Emergência do Hospital Central do Dondo, encontrei aquelas duas crianças. O pai estava com a maior, de uns cinco anos, fora da sala; ela chorava muito. A menor estava ainda fazendo curativo, gritava de dor, e a mãe a segurava. Aproximei-me e perguntei ao pai, o que tinha acontecido. Ele falou que as crianças estavam brincando, fazendo comida em latas, e o fogo pegou na capulana e queimou as duas.
A maior sangrava na ferida da queimadura que fora trocada as gases; a pequena gritava desesperadamente. Percebi que o hospital não tinha as ataduras próprias e me ofereci para ajudar, dando o medicamento. Mandamos comprar uma parte, a outra levamos do nosso Posto de Saúde. Depois, o pai foi buscar o medicamento em nossa igreja.
Tempos depois fui ao hospital e, ao entrar, nem reparei na mulher que estava sentada com um bebê na capulana e uma outra ao lado dela. Mas, senti os olhares sobre mim. Virei-me e vi o sorriso. Eram elas, a mãe e as meninas já sem curativos. A cicatriz era grande, mas não foi isso que vi... Foi o sorriso mais lindo no meio de tantos que recebo todos os dias aqui. Um sorriso que encantava aquele rosto deformado. Era a menina maior, que me olhava e sorria para mim.
Ainda quando escrevo, vejo aquele sorriso e as lágrimas me vêm aos olhos. Que prêmio maravilhoso! Apenas por um momento de atenção e um medicamento que fizeram toda a diferença. E, aí, olhei em direção à mãe. Ela também sorria e, ao mesmo tempo, me saudava e agradecia inclinando a cabeça.
Sabe, Deus sorriu para mim! Sim, este foi o meu sentimento, lembrando a Palavra que diz: “Quando fizer por um desses pequeninos, fazemos por Ele”. E, naquele sorriso, eu via as ofertas, as orações e as mensagens de cada pessoa que nos apóia nessa obra. Pois Deus sorri para nós quando Seu povo nos abençoa.
Noêmia Cessito,Missionária de Missões Mundiais em Dondo, Moçambique
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