Apesar dos avanços missionários das últimas décadas, os povos não-alcançados são um grande desafio para a igreja evangélica no Brasil e no mundo. Segundo pesquisas apresentadas no Congresso de Lausanne, na Suíça, em 1974, calculava-se que na década de 70 havia cerca de 16 mil povos, em todo o mundo, ainda sem nenhum contato com o Evangelho. A evangelização se intensificou e, no congresso de 1989, nas Filipinas, mostrou-se que o número de povos não-alcançados caiu para 8 mil. Segundo a Missiologia atual, hoje existem pouco mais de 2.200 grupos étnicos sem a presença cristã e cerca de 4 mil povos sem uma evangelização forte para alcançar a sua própria etnia. Estes clamam pela ação missionária do discípulo de Cristo e da Igreja. Nós estamos falando dos povos não-alcançados. Precisamos então cumprir o que Jesus nos mandou, que é fazer discípulos de todas as nações. “Povos Não-Alcançados” é um termo que começou a ser usado com mais intensidade na Missiologia moderna na última parte do século 20. É uma referência para designar povos, nações ou áreas geográficas do mundo com pouca densidade ou influência cristã e evangélica. Em outras palavras, são áreas do mundo que compreendem povos, idiomas, culturas e tradições, onde o Evangelho ainda não chegou e a Igreja não existe. Estes grupos humanos e etnias são chamados de povos não-alcançados. O livro de Romanos demonstra como teologia e missão, fé e vida, convicção e missão andavam juntas em Paulo. Por isso, a Espanha precisava ser evangelizada (Rm 16.25-27). O apóstolo tinha uma consciência clara e profunda de história e de seu tempo, acerca da hora e do lugar onde começar, fronteiras a conquistar e filosofia a nortear o ministério. O capítulo 15.19 fala sobre a hora, o lugar e as fronteiras a conquistar. Em Romanos 15.20-21, Paulo testifica da filosofia que norteava o seu ministério e sua vida. Tinha prazos para sair (vs. 23 e 24). As expressões “Passa a Macedônia e ajuda-nos” e “confins da terra” dão-nos várias implicações missionárias para a Igreja no século 21. Quais as áreas não evangelizadas e não alcançadas hoje? Outra expressão muito usada, chamando a atenção da Igreja para maior mobilização em oração e ação missionária, é a Janela 10/40. É uma referência ao mundo budista, hinduísta e islâmico, e onde há pouca ou nenhuma presença cristã. São autênticos “cinturões” de resistência. E o desafio muçulmano naquela região é gigantesco. São cerca de 42 países de maioria islâmica localizados no Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia. Na Europa ocidental existem mais de 15 milhões de muçulmanos e a maioria é não-alcançada. Sim, eles também precisam da graça do Pai! Pr. Fernandes, Missionário da JMM na Europa
terça-feira, 29 de março de 2011
Metas para o avanço missionário
Face aos diversos desafios missionários e às inúmeras oportunidades que temos, como batistas brasileiros, de expandir a obra missionária no mundo, a Junta de Missões Mundiais preparou um planejamento estratégico que vai nortear as ações de avanço missionário até 2013. Com fé e ousadia vislumbramos estratégias de crescimento. Estão previstas metas desafiadoras. As principais são: Abrir 20 campos missionários, com atenção aos menos evangelizados; Plantar igrejas multiplicadoras em todo o mundo, especialmente entre os povos não-alcançados; Enviar 300 novos missionários; Alcançar pelos menos 100 mil decisões por Cristo; Discipular 60 mil novos crentes; Realizar 12 mil batismos; Abrir 3.500 frentes missionárias; Aumentar o número de intercessores e mantenedores da obra missionária; Despertar e selecionar mais vocacionados para o trabalho de missões. Também estamos trabalhando para aprimorar a gestão da JMM, onde vários processos estão sendo revistos e reestruturados, para a eficiente e eficaz ação de nossa sede, proporcionando o funcionamento organizacional com excelência. Todas as ações planejadas estão amparadas por metodologias que levam em conta o histórico da obra missionária nos últimos anos; os cenários políticos, social, econômico e religioso em âmbito nacional e internacional; as perspectivas da obra missionária mundial; dentre outras realidades. Caminhamos tendo os olhos voltados para as necessidades urgentes do mundo, mas sem esquecer que precisamos estar muito bem preparados para atendê-los. A implementação dessas metas só será possível porque acreditamos na participação e na fidelidade dos crentes e das igrejas aqui no Brasil, que têm sustentado essa obra com suas orações e ofertas. Afinal, são as igrejas que fazem missões; nessa parceria, a JMM coordena e viabiliza esse esforço comum para que o Evangelho de Jesus Cristo chegue até os confins da Terra. Leve estes desafios ao conhecimento da sua igreja e estimule-a a orar e a contribuir, de todas as maneiras que estiver ao seu alcance, para que o Evangelho seja anunciado entre todos os povos, porque eles também precisam da graça do Pai. Pr. João Marcos B. Soares Diretor Executivo
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segunda-feira, 14 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
Eles também precisam da graça do Pai
Em 2011 e nos próximos anos, a Junta de Missões Mundiais vai redirecionar a abordagem e voltar a destacar a questão das etnias, com foco nos povos não alcançados.
Um povo não-alcançado é um grupo para quem o Evangelho de Jesus ainda não chegou ou que a igreja existente em seu meio não tem condições de evangelizá-lo. Há ainda cerca de 2.200 grupos étnicos nessas condições.
A Campanha deste ano tratará mais especificamente da realidade dos povos islâmicos. Com seu espantoso crescimento, hoje os muçulmanos já são quase 1 bilhão e 600 milhões em todo o mundo; na América Latina e até mesmo no Brasil o número aumenta a cada ano. Precisamos entender quem são os muçulmanos e conhecer a sua religião. Devemos amá-los e empreender todos os esforços para que eles também sejam alcançados pela graça do Pai.
A Junta de Missões Mundiais deseja contribuir para que as igrejas batistas do Brasil entendam o que é o islamismo e tenham uma visão real e sem preconceitos de quem são os muçulmanos. Atualmente, estes têm sido visto por muitos países e sido tratados pela mídia com preconceito e até rejeição. Queremos, contudo, que os crentes brasileiros percebam as necessidades espirituais dos seguidores do Islã e os vejam como alvos do amor de Deus, por quem Jesus também morreu e que também precisam ser alcançados pela graça do Pai.
O tema é um todo - as palavras, as imagens do cartaz e o versículo bíblico. Tudo se junta para formar a idéia e o objetivo da Campanha Missionária.
“Eles”: Refere-se aos povos não-alcançados, os quais estão retratados na identidade visual.
“Também”: Expressa condição de equivalência, da mesma forma que, inclusão. Assim, o que se pretende é que as pessoas nas igrejas façam uma reflexão do tipo: “Os outros (Eles) também precisam e têm o direito de conhecer a graça que eu já conheço”.
“Precisam”: Os povos não-alcançados (incluindo os muçulmanos) vão perecer se não conhecerem a Jesus.
“Graça”: Sentimento e ação inexistentes ou não enfatizados nas religiões não-cristãs, inclusive no islamismo. Queremos que os crentes entendam que os povos não-alcançados carecem do favor de Deus e que devemos alcançá-los com essa graça.
“Pai”: Para os muçulmanos Alá é conhecido por 99 adjetivos, menos um: Pai. A ideia é enfatizar esse fato logo no tema e despertar na mente do nosso povo um sentimento positivo em relação a essa realidade.
Um povo não-alcançado é um grupo para quem o Evangelho de Jesus ainda não chegou ou que a igreja existente em seu meio não tem condições de evangelizá-lo. Há ainda cerca de 2.200 grupos étnicos nessas condições.
A Campanha deste ano tratará mais especificamente da realidade dos povos islâmicos. Com seu espantoso crescimento, hoje os muçulmanos já são quase 1 bilhão e 600 milhões em todo o mundo; na América Latina e até mesmo no Brasil o número aumenta a cada ano. Precisamos entender quem são os muçulmanos e conhecer a sua religião. Devemos amá-los e empreender todos os esforços para que eles também sejam alcançados pela graça do Pai.
A Junta de Missões Mundiais deseja contribuir para que as igrejas batistas do Brasil entendam o que é o islamismo e tenham uma visão real e sem preconceitos de quem são os muçulmanos. Atualmente, estes têm sido visto por muitos países e sido tratados pela mídia com preconceito e até rejeição. Queremos, contudo, que os crentes brasileiros percebam as necessidades espirituais dos seguidores do Islã e os vejam como alvos do amor de Deus, por quem Jesus também morreu e que também precisam ser alcançados pela graça do Pai.
O tema é um todo - as palavras, as imagens do cartaz e o versículo bíblico. Tudo se junta para formar a idéia e o objetivo da Campanha Missionária.
“Eles”: Refere-se aos povos não-alcançados, os quais estão retratados na identidade visual.
“Também”: Expressa condição de equivalência, da mesma forma que, inclusão. Assim, o que se pretende é que as pessoas nas igrejas façam uma reflexão do tipo: “Os outros (Eles) também precisam e têm o direito de conhecer a graça que eu já conheço”.
“Precisam”: Os povos não-alcançados (incluindo os muçulmanos) vão perecer se não conhecerem a Jesus.
“Graça”: Sentimento e ação inexistentes ou não enfatizados nas religiões não-cristãs, inclusive no islamismo. Queremos que os crentes entendam que os povos não-alcançados carecem do favor de Deus e que devemos alcançá-los com essa graça.
“Pai”: Para os muçulmanos Alá é conhecido por 99 adjetivos, menos um: Pai. A ideia é enfatizar esse fato logo no tema e despertar na mente do nosso povo um sentimento positivo em relação a essa realidade.
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Judas, o homem que nunca soube
Algumas vezes, tentei imaginar que tipo de homem este Judas era. Como ele era, como ele agia, quem eram os seus amigos.
Acho que eu o estereotipei. Sempre o imaginei magro, de olhos grandes e redondos, dissimulado, uma pessoa vil, de barba pontuda e tudo o mais. Eu o descrevi como alienado em relação aos outros apóstolos. Sem amigos. Distante. Sem dúvida ele era um traidor e um colaboracionista. Provavelmente o resultado de um lar desmoronado. Um delinqüente em sua juventude.
No entanto, imagino se isso fora verdade. Não temos nenhuma evidência (somente o silêncio de Judas) que sugeriria que ele fosse uma pessoa isolada. Na última ceia, quando Jesus disse que o seu traidor havia sentado à mesa, não achamos nenhuma passagem que mostre os apóstolos se virando para Judas como se ele fosse o ardil traidor.
Não, acho que o pegamos como bode expiatório. Talvez ele fosse exatamente o contrário. Em vez de magro e dissimulado, talvez ele fosse robusto e jovial. Em vez de quieto e introvertido, ele poderia ter sido extrovertido e cheio de boas intenções. Eu não sei.
Mas, para todas as coisas que não sabemos a respeito de Judas, existe uma coisa certa que sabemos; ele não tinha relacionamento com o Mestre. Ele viu Jesus, mas não o conhecia. Ele ouviu Jesus, mas não o compreendeu. Ele tinha uma religião, mas não um relacionamento.
Como Satanás trabalhava à sua maneira ao redor da mesa, ele precisava de um tipo especial de homem para trair o nosso Senhor. Ele precisava de um homem que conhecia as ações de Jesus, mas que havia omitido a missão de Jesus. Judas era o homem. Ele conhecia o império, mas nunca conheceu o Homem.
Nós aprendemos essa intempestiva lição do traidor. As melhores armas de Satanás não são de fora da igreja; elas estão dentro dela. Uma igreja nunca morrerá por causa da imoralidade de Hollywood ou por causa da corrupção em Washington. Mas morrerá por uma corrosão dentro de si mesma – por causa daqueles que defendem o nome de Jesus Cristo, mas na verdade nunca o conheceram, e por causa daqueles que têm religião, mas não têm relacionamento.
Judas carregou o manto da religião, mas nunca conheceu o coração de Cristo. Vamos fazer com que esse seja o nosso objetivo a ser conhecido... profundamente.
Max Lucado
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