domingo, 28 de março de 2010

Abertura da Campanha de Missões Mundiais

























































































































Pr. Valdo - Igreja Batista Cidade Nova - Rio Grande/RS








































Plantando a Palavra de Deus

Tenho a oportunidade de evangelizar crianças, em meu ministério, através de uma escolinha de futebol. E, em meio ao conjunto de emoções que faz a alegria desses pequenos jogadores, há uma parte que encanta o meu coração: o tempo de ler a Palavra de Deus, de orar com eles e vê-los memorizando versículos.
Num domingo, à tarde, eles chegaram para jogar; logo que começamos, me deram muito trabalho. Um deles, Marito (8 anos), deu um chute no seu companheiro, Juanito. Imediatamente o expulsei do grupo e, como “castigo”, o coloquei sentado na escada da praça. Ele chorou muito, mas continuamos jogando. Terminado o jogo, quando nos preparávamos para regressar, Marito me disse: “Tia Ilza, perdoa-me o que fiz com Juanito. Jesus precisa mudar meu gênio”.
Oh! Meus irmãos, que mensagem poderosa! Que exemplo Marito deixou para mim e para quem ler esta experiência. O abracei juntamente com outros e, imediatamente, oramos pedindo perdão pelas faltas que cometemos dia a dia. A humildade de Marito em reconhecer que precisava ter o seu gênio transformado por Jesus tocou o coração de todos. Ele tomou essa atitude, pois se lembrou da história do “Filho Pródigo”, em que o filho pede perdão ao pai por sua desobediência. Naquele momento me coloquei no lugar do “pai”, baixei a mochila que estava na minha costa e, com muita alegria, permiti que Marito jogasse mais um período de 10 minutos. Para ele foi como se tivesse jogado uma hora. Foi algo inolvidável para todos, um verdadeiro exemplo. Hoje, por onde passa, Marito gosta de escrever: “Cristo Salva!”
Certo dia, enquanto eu estava limpando a escola para receber as crianças da Classe Bíblica de Sábado, de longe vi Marito escrevendo no carrinho que estava em frente ao projeto. Chamei-lhe a atenção, pensando que estivesse escrevendo alguma coisa imprópria: “Que estás escrevendo aí, cabro chico (moleque)”? Ele apenas me deu uma olhada e disse: “Oh, tia, vem e veja. Estou escrevendo ‘Cristo Vive!”.
Marito e sua família hoje são de Jesus, iguais a vocês que oram e sustentam a obra de Deus por este mundo a fora. Vale a pena plantar a Palavra de Deus! Continuem plantando ou ajudando a plantar a Palavra de Deus a todo o tempo e em todo lugar. Que permitamos que Deus use nossas vidas e talentos em prol do Seu Reino, independente de nossa idade.

Maria Ilza Lopes,
Missionária de Missões Mundiais em Burquina Fasso

O Sorriso de Deus

Uma jovem mãe procurou nossa ajuda trazendo duas crianças queimadas, o que chamou a atenção de todo mundo no pronto socorro. Aquela foi a primeira vez que a encontrei, naquele lugar, e perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ela só respondeu, rudemente, “fogo”.
Olhando para aquelas crianças queimadas, no rosto e nos braços, percebi que a mão de Deus estava naquela situação. Pois Ele havia livrado os olhos da criança menor, que deveria ter uns sete meses. Toquei na pequena e disse: “Deus é bom, guardou os olhos dela”. A mãe apenas me olhou, seriamente.
Outro dia, ao socorrer alguém na Emergência do Hospital Central do Dondo, encontrei aquelas duas crianças. O pai estava com a maior, de uns cinco anos, fora da sala; ela chorava muito. A menor estava ainda fazendo curativo, gritava de dor, e a mãe a segurava. Aproximei-me e perguntei ao pai, o que tinha acontecido. Ele falou que as crianças estavam brincando, fazendo comida em latas, e o fogo pegou na capulana e queimou as duas.
A maior sangrava na ferida da queimadura que fora trocada as gases; a pequena gritava desesperadamente. Percebi que o hospital não tinha as ataduras próprias e me ofereci para ajudar, dando o medicamento. Mandamos comprar uma parte, a outra levamos do nosso Posto de Saúde. Depois, o pai foi buscar o medicamento em nossa igreja.
Tempos depois fui ao hospital e, ao entrar, nem reparei na mulher que estava sentada com um bebê na capulana e uma outra ao lado dela. Mas, senti os olhares sobre mim. Virei-me e vi o sorriso. Eram elas, a mãe e as meninas já sem curativos. A cicatriz era grande, mas não foi isso que vi... Foi o sorriso mais lindo no meio de tantos que recebo todos os dias aqui. Um sorriso que encantava aquele rosto deformado. Era a menina maior, que me olhava e sorria para mim.
Ainda quando escrevo, vejo aquele sorriso e as lágrimas me vêm aos olhos. Que prêmio maravilhoso! Apenas por um momento de atenção e um medicamento que fizeram toda a diferença. E, aí, olhei em direção à mãe. Ela também sorria e, ao mesmo tempo, me saudava e agradecia inclinando a cabeça.
Sabe, Deus sorriu para mim! Sim, este foi o meu sentimento, lembrando a Palavra que diz: “Quando fizer por um desses pequeninos, fazemos por Ele”. E, naquele sorriso, eu via as ofertas, as orações e as mensagens de cada pessoa que nos apóia nessa obra. Pois Deus sorri para nós quando Seu povo nos abençoa.

Noêmia Cessito,Missionária de Missões Mundiais em Dondo, Moçambique